segunda-feira, 21 de março de 2011

A liberdade não passa de saudades de você

Sinto saudades de tempos que se foram...
Saudades de quando eu te olhava e apenas isso já me fazia sorrir, de quando você tinha ciúmes bobos, como se você não soubesse que a única pessoa que eu queria naquele momento era você. Saudades de suas implicâncias de que eu tanto reclamava e que hoje já me fazem falta.
Às vezes me sinto tão perdido por não ter mais nada seu além do que tenho na memória, porque essas lembranças não me fazem sentir seu cheiro, encostar em sua pele ou beijar seus lábios, elas só me recordam do quanto era bom fazer isso, do quão bom era te ter.
Por tantos momentos achei que tudo aqui era perfeito, que poderíamos ter um futuro lindo pela frente, porque mesmo com tantas conturbações nós continuávamos a nos amar, e por mais que eu chorasse achando que você tinha ido embora eu sabia que você não me deixaria ali sofrendo, você iria enxugar minhas lágrimas e mais uma vez dizer o “te amo” que tanto eu gostava de ouvir de você, aquele “te amo” que me parecia ser tão sincero quanto o que eu lhe falava.

  “Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
    Que tudo era pra sempre. Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba”

A saudade que sinto é muito mais do que saudade de momentos ao seu lado, é saudades de sentir o que eu sentia quando eu era seu, a falta de amar as horas em que te ouvia falar, de contar os dias para poder te abraçar, te beijar (...),  de lhe dizer tchau com o coração apertado só esperando poder novamente te reencontrar, porque os minutos ao seu lado passavam rápido, como tudo que é bom corre contra o tempo.

  “Enquanto a chuva molha meu rosto ela esconde a minha lágrima, que insiste em encontrar o chão.
   Enquanto o frio toma meu corpo, eu aprendi sem a gramática que saudade não tem tradução”

Agora, aqui, lembrando desses rápidos e intensos minutos, recordo-me do quanto vivemos juntos, do tão marcante foi cada acontecimento ao seu lado e sei que além da falta da sua presença, sinto ainda mais a falta do seu amor.
Jonathan J. Dutra











quinta-feira, 17 de março de 2011

Memórias suas


O simples fato de lembrar você já me deixa de modo diferente, talvez tempos atrás isso seria lindo, me faria sorrir e deixaria meu olhos incandescentes, hoje me deixa com um olhar profundo e com pensamentos conturbados, me tira da realidade do presente e me transporta diretamente para o passado, o seu passado, porque tudo que me vêm a cabeça quando lembro daquele tempo é você, como se nada mais tivesse sido importante, porque as intensidades foram todas ao seu lado.

Certas horas queria você aqui novamente para me fazer sorrir e poder reviver o bom das lembranças, mas o que me adiantaria ter isso e depois retornar ao presente, se no presente você já não está mais aqui, no meu presente você é  meu passado, passado que tanto tem tomado do meu tempo só pelo fato de relembrar.
As tentativas frustradas de apagar você da memória deixam você mais presente, deixam meu passado mais vivo, e como posso querer olhar só para o futuro se até nele você insiste em aparecer de alguma forma.
Tudo que eu sabia de amor mudou no instante que já não te tive mais, agora à procura de um significado me fortalece a caminhar, caminhar para o desconhecido, para o novo, para algo que me mostre que o amor pode ter outro significado que não: você.
  Jonathan J. Dutra















quarta-feira, 2 de março de 2011

Why do all good things come to an end?

Quando você se depara com as lembranças mais doídas, aquelas que você tenta diariamente esquecer, você começa a se perguntar por que tudo teve que ter esse final, e porque não podemos recomeçar para que as lembranças doídas sejam substituídas por sinceros sorrisos de felicidade. Sorrisos que você está tão disposto a dar, mesmo que saiba que talvez possa ser um sorriso de fim breve, mas o simples fato de saber que poderia sorrir pelo mesmo motivo que, agora, tanto te faz sofrer; te faz imaginar um coração sem a dor da perda, da saudades e da tristeza. Te faz reviver aqueles momentos alegres de risos faceiros e de coração palpitante em apenas um tocar de mãos.
O final parece não se encaixar na sua vida, você não consegue se adaptar a ter que usar de outros meios para sentir emoções boas, como aquelas que você vivia. As coisas giram e giram na sua cabeça, mas nenhuma delas tem voltado para o lugar, passam-se dias e tantas horas, mas tal recordação daquilo é tão recente quando a dor que ainda habita dentro de você e agora você só deseja poder apenas por um segundo tentar não se questionar sobre um fim na qual você pouco queria e que te fez enxergar a dura realidade de que o que é bom sempre tem um final, porque os melhores momentos da vida são justamente momentos, eles acontecem e depois acabam.


Jonathan J. Dutra